Às vezes, a gente passa tanto tempo tentando se encaixar que esquece de ouvir a própria voz.
Não a que responde e-mails ou cumpre tarefas, mas aquela voz quieta, íntima, que fala de dentro.
Esse texto nasceu quando eu finalmente escutei a minha.
E talvez, ao lê-lo, você também perceba a sua, aninhada, paciente, esperando pra ser nomeada com ternura.
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Depois de muito tempo, acho que encontrei minha voz.
Uma coisa atoa que nasceu de uma vontade imensa de falar.
De falar de mim,
de falar de coisas bobas,
de falar sobre coisas que eu
tento (o tempo todo) entender.
Eu estava buscando algo em mim
que fosse eu
então, encontrei essa voz,
baixinha,
aninhada,
protegida,
escondida em algum lugar,
meio perdido, em mim.
É uma voz que fala
das coisas cotidianas,
com ternura e amor.
Uma voz que traz esperança,
dúvida,
às vezes, dor.
É uma voz que fala com poesia
e, tenta
nomear sentimentos,
pensamentos,
criar uma vida nova.
Eu encontrei minha voz,
ela estava aqui o tempo todo.
Eu não via bem
porque achava que era
um problema grande
expressar as coisas assim
parecendo que vê coisas onde não tem.
Mas essa voz fala de um mundo que existe, sim
dentro de mim.
Eu encontrei minha voz...
me encontrei em mim.