Às vezes, procuramos o amor em lugares grandiosos, nos momentos intensos e avassaladores. Mas e se o amor, na verdade, estivesse nas coisas simples?
No café quentinho de cada manhã, no cheiro do bolo recém-assado, no sorriso de uma criança brincando.
Esse texto é um convite para redescobrir o amor no cotidiano, naquilo que não exige pressa ou perfeição, mas que se sustenta na presença verdadeira e no afeto genuíno.
Porque, no fim, o amor mais bonito é aquele que fica — nos pequenos gestos, nos momentos simples, na tranquilidade do estar juntos.
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Eu não quero mais amores que queimam e somem.
Quero um amor como café passado na hora.
Quente, simples, presente.
Daqueles que chegam com cheiro bom,
que enchem a casa de vida,
e não precisam de muito pra fazer sentido.
Um amor que combine com bolo de cenoura,
com conversa na mesa,
com criança rindo na sala e colo que não se nega.
Quero alguém que fique,
mesmo nos dias nublados,
mesmo quando o riso demora a sair.
Alguém que entenda que amar é também repetir o gesto
fazer o café, escolher a xícara,
esperar a água ferver com calma.
Não me interessa mais a pressa.
Nem o jogo, nem o medo disfarçado de desapego.
Eu quero presença.
Quero afeto com gosto de lar.
Quero alguém que me olhe como quem diz:
“Fica.
Tem café, tem pão na chapa,
tem eu."