14 Apr
14Apr

Nem todo fim vem com aviso.
Às vezes, o outro simplesmente vai. Vai ficando longe, calado, até que só reste o eco do que não foi dito.
E quem fica precisa aprender a lidar com o silêncio, aquele que pesa mais que qualquer palavra dura.
Esse texto fala sobre isso: sobre deixar ir o que não quer ficar.
Sobre o luto de relações que terminam antes mesmo de serem nomeadas.
E sobre como, mesmo nos finais sem explicação, é possível se reencontrar.
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Os sonhos para o futuro ficaram pra trás, 
como as promessas que não se cumpriram, 
como as palavras que se perderam no ar. 
Você foi se distanciando, pouco a pouco, 
sem fazer barulho, 
mas a saudade, essa não soube silenciar. 
E eu aprendi a me acostumar com o vazio 
De algo que antes eu sentia como presença. 
E assim, o que antes eu queria sem pressa, 
Se perdeu num tempo sem tempo. 
O que restou foi uma despedida sem gritos, 
um silêncio mais pesado do que as palavras ditas. 
Dessa vez, você decidiu ir embora, 
deixando a conta paga sobre a mesa. 
E foi o fim, do fim.


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