Em meio ao ritmo acelerado da vida, é fácil se perder no que sentimos e nas demandas externas que nunca param. Mas às vezes, o que realmente precisamos é parar, não para fugir, mas para nos permitir entender o que está dentro de nós.
A pausa, embora desconfortável, é essencial para olhar com clareza para o que se passa em nossa mente e coração. Ela nos dá o espaço necessário para processar, respirar e descobrir o que ainda não vemos.
Este texto é sobre a importância de dar a si mesmo o tempo de estar presente com o próprio ser, sem pressa, sem controle, apenas para ouvir e sentir. Porque, no final, é na pausa que podemos encontrar a chave para o que realmente somos.
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Parar. Não para esquecer ou fugir, mas para dar um tempo entre o que sinto e o que, de fato, há.
Espaço para ver o que há, onde há, se é que há.
Sentar para respirar e ganhar espaço: um espaço que é dentro. Um espaço que é tempo.
Dentro, enfim, de mim. Num lugar que, bagunçado, perde o sentido.
Sentar e respirar.
Ouvir o que há para ouvir.
Sentir o que há para sentir.
Suportar o vai e vem dos pensamentos soltos.
Suportar a voz interna que grita.
Suportar a falta de controle.
Sentar, apenas respirar, e lembrar que é isso que me mantém viva.
Parar, não de pensar, mas de querer controlar o que há.
E suportar o desconforto:
de sentar por tanto tempo,
de tentar não pensar,
de sentir coisas demais,
de querer parar, um momento, num mundo que exige ação sem pausa.
Parar... para descobrir a pausa exata entre a decisão da ação e a ação.
Parar... para ver mais claramente o que ainda não se vê.
Respirar.